Porque quem ama tem medo de perder...

Este blog é para quem gosta de amar, de lutar pelo que gosta...







sábado, 24 de março de 2012

Poema na Árvore


Obrigado Teresa por permitires que um poema meu faça parte da tua ilustre árvore...

sexta-feira, 23 de março de 2012

A nossa Voz!



Andam esses senhores do crachá,
De cassetete em punho
A distribuir porrada
De forma irada. 

Sem olhar a quem,
Parecem cães raivosos,
Robôs telecomandados por alguém
Carregado de frustrações. 

Querem calar a voz do povo
Que luta 
Por uma política mais justa,
Contra esses mamões que nos querem ver no lodo. 

Ditam ordens descabidas
Fazem leis em sua conveniência.
Pedem-nos paciência
Quando tantas vidas estão perdidas. 

Mas a nossa união,
O nosso esforço
Não será em vão. 

Mesmo com marcas dos cassetetes
No dorso
Erradicaremos estas pestes. 

Mesmo com sangue a correr no rosto,
Nunca nos faltará a voz
Que será o vosso imposto. 

Com palavras
Bem direccionadas,
Será feita justiça. 

A vossa vez está para breve,
Irão sentir na pele
Aquilo que na nossa mente nunca se prescreve.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Sentimento Reciclado



Outrora com muito luar,
Onde me perdia
Sobre a areia
Do teu mar. 

Mas num ápice terminou o romance
Destruído pela incompreensão,
Pela força de uma razão
Que não estava ao nosso alcance. 

Perdi o teu cheiro,
Pioneiro
Do meu brilhar,
Do meu chorar. 

O quanto eu queria
Que estivesses ao meu lado
Para poder partilhar
Este sentimento reciclado.

Poema em linha recta



Para festejar este dia Mundial da Poesia, aqui fica um grande poema do nosso Fernando Pessoa interpretado pelo Carlão.

domingo, 18 de março de 2012

Amor sem ponto final


Entreguei-me à vodka,
Antes isso que à coca
Pensei… 

Quis vaguear
Na penumbra
Daquilo que nunca deslumbrei. 

(Não morrerei.
Apenas quero esquecer
O quanto me fazes sofrer.) 

Quero perceber
Onde foi que errei.
Será que errei? 

Terá sido da maneira que mergulhei
Num abismo
Sem nenhum lirismo. 

De uma cegueira tal
Que fiquei sem conseguir
Distinguir o bem do mal. 

Acontece a sempre que abro o coração.
Será isto uma maldição?
Uma perseguição
Que me estampa a cara contra o chão? 

Mas que é isto afinal?
Não posso ter um Amor normal?
Com um ponto de exclamação
Ao invés de um ponto final?

sábado, 17 de março de 2012

O Papa Rolhas


Numa tarde de Verão
Caminhava o Papa Rolhas
Com uma missão. 

Queria recolher o máximo de tampas,
Pois eram elas as rampas
Para combater esta precariedade. 

Em tempos como estes
A solidariedade
Tem de ter descendentes. 

Então seguiu contente
Com rolhas quase a bater no dente,
Era sinal que a sua missão estava quase concluída. 

Mas avistou uma linda menina
Que corria na sua direcção,
Com uma rolha.
Era essa a sua contribuição. 

Como te chamas pequenita?
Chamo-me Maria João,
Espero ajudar com esta rolha catita 
Que encontrei no chão. 

Toda a ajuda é bem-vinda,
Seja do pequeno gesto ao maior,
Tal como tu minha linda
Quem o fizer só demonstra o quão grande é o coração!

sexta-feira, 16 de março de 2012

O teu Sorriso



Ouvir a voz desta grande mulher 
É como ver o teu belo sorriso,
Aquele que me faz escrever.
Sim esse que nunca irá morrer. 

Percorro léguas e léguas 
Para o ver.
Mesmo sem tréguas
Faço o que for preciso. 

Nunca vi algo tão belo,
Puro,
Singelo… 

Não precisa de acuro,
Pois não é forçado,
Sai com a naturalidade.

Foi amor à primeira vista
Esse gesto que me conquista.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Gostas de Mim?



Gostas de mim?
Gostas? 

Sim. 

Porque me olhas assim?
Porque me dás essas respostas?
Porque não ripostas? 

Não me vires as costas,
Vamos falar de nós.
Queres ir caminhar pela foz? 

Não. 

Porque estás a ser tão atroz?
Não vês o quanto feres o meu coração? 

Não. 

Fogo,
Então?
Estás a gostar desse jogo? 

Sim. 

Enfim,
Desisto.
Estou farto de levar com xisto. 

Como queiras.
Já começava a perder as estribeiras.

A Razão


Tenho uma memória
Que jamais será apagada
Por mais chapada
Que reze a história. 

Memória essa que me faz,
Que me torna capaz
De exprimir
Tudo aquilo que me tem feito sorrir. 

Sei que um dia irei partir,
Mas levarei essa memória comigo.
Será o meu artigo
Quando a luz me começar a conduzir. 

Levá-la-ei no meu peito
Lapidada a bisturi
Pare que Ele perceba
A razão pela qual eu corri. 

Não, não morri,
Nunca tal coisa acontecerá.
Ficarei para sempre no vosso leito,
Pois a memória, essa permanecerá.

terça-feira, 13 de março de 2012

Querida Namorada VII


Querida Namorada: 

Por hoje chega
Escrever sobre ti,
Agora que a energia se descarrega. 

Querida Namorada: 

Eu sei aquilo que vivi,
Mas também sei o que quero viver
Encostado ao teu ser. 

Querida Namorada: 

Por mais imaginária
Que possas ser
Tenho a certeza que um dia vais aparecer. 

Querida Namorada: 

Quem sabe quando esse dia chegar
Escreverei uma quadra mais animada.
Com a alma achada
Nada terei a recear.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Querida Namorada VI


Querida Namorada: 

Soube há pouco
Que a paragem que me deixa louco
Deixou de fazer parte da tua rotina.

Querida Namorada: 

Se calhar aquele espaço
Já não te ilumina,
Já nem cabe lá um abraço. 

Querida Namorada: 

Deixei lá um laço
Datado de 1 de Agosto,
Dia em que o sol nos deixou 
Com um enorme sorriso no rosto. 

Querida Namorada: 

Vou seguir a estrela que me guia
Na esperança que um dia
Avistes o tal laço
E percebas que nem tudo era baço.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Se Souberdes



Levai-me já hoje
Se souberdes que não terei
O amor que sempre desejei,
Se souberdes que não existe coração que me aloje. 

Quero deixar de viver 
Neste tormento,
Num seio sem alento
Sem amanhecer. 

De que me vale querer,
De que me vale escrever,
Se quem eu quero não está a ler,
Nem tão pouco me quer conhecer. 

Levai-me ao anoitecer
Quando terminar este poema,
Não quero mais corroer
Nesta dor extrema. 

Levai-me corpo e alma,
Levai-me sem calma.
Quem sabe noutra reencarnação
Encontre o tal coração.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Esquecimento



Oh Mariana,
Fizeste anos
E eu não te disse nada… 

Agora estou com a mente
Acanhada
Sem precedente… 

Arrependido
Pelo sucedido,
Prometo que nunca mais será repetido. 

Quis fazer este poema
Em tom de presente
Para atenuar esta dor.

Espero que o recebas
Sem nenhum rancor,
E que percebas
Estes versos cheios de cor.

Para a minha grande Mulher!


Tantas mulheres eu conheci,
Tantas foram as que ainda não vi
E outras mais que perdi. 

Quase sucumbi
Por aquela que sempre desejei.
Mas recuperei
E continuei. 

Agora tenho uma a meu lado
Que me beija todas as manhãs
Um beijo enrolado
Em papel de rebuçado. 

Ela sim é que me faz sorrir
Sem que seja preciso pedir,
Demonstra sinceridade
Em cada gesto de fraternidade. 

Assim com esta idade
Tenho o prazer
De te continuar a conhecer.
Obrigado pela tua lealdade.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Acredita


Sem motivação,
Andava ele triste
Por tamanha desilusão. 

A incompreensão
Preenchia todo o pensamento
Quase como um pé em riste. 

Parecia que tudo estava em despiste.
Mas algo o acordou,
Sentiu que alguém ou alguma coisa o chamou. 

Assim despertou
A sua mente ele limpou,
E a sua luta continuou. 

Este rapaz não desiste,
E insiste
Naquilo que lhe assiste. 

Toda esta luta
Um dia será compensada
Com a forma de uma longa estrada,
Onde o passado será uma minuta.

terça-feira, 6 de março de 2012

E PLURIBUS UNUM


Tomai bastardos
Que andais irados
De dedos cruzados. 

Não olheis de lado
Para a alegria
Deste grande resultado. 

Somos grandes,
Humildes
E pisamos o relvado de pés bem firmes. 

Com muita garra
E dedicação
Temos espírito de campeão. 

Apesar dos maus resultados
Levantámo-nos e demos a volta
Sem ser preciso escolta. 

Ouvide aziados;
Unidos numa só voz gritaremos:
Benfica somos nós!

segunda-feira, 5 de março de 2012

Quero ter saudade



Quero ter saudades,
De quem não conheço. 

Quero ter saudades,
Onde não apareço. 

Que ter saudades,
Do lugar onde nunca estive. 

Que ter saudades,
Daquilo que nunca obtive. 

Quero ter saudades,
De um amor sem igual. 

Quero ter saudades
De um sentimento natural. 

Quero ter saudades
Do ódio que tens por mim. 

Quero ter saudades,
De te fazer sentir assim. 

Queria sentir saudade
Daquilo que não existe
E persiste
Em se tornar uma raridade. 

Tenho saudade de sentir saudade.
Com esta idade
Só me resta um copo de gin,
E a espera pelo fim…

domingo, 4 de março de 2012

Batalha Constante


O amor é uma batalha
Constante,
É como tentar atravessar
Uma muralha… 

Temos que a escalar
Com ar triunfante,
Com muita vontade
E sem medo… 

O ledo
Está na beldade
Daquela
Cinderela… 

Ela está do outro lado
À espera de sentir
Um beijo abraçado
Pois é isso que lhe faz sorrir… 


  PS:
Mas quando lá chegares não penses que a está tudo ganho, pois é esse o mal de muita gente, que quando pensa que tem tudo deixa-se estar, deixa-se morrer, e depois vem a monotonia e por fim vem o fim que ele dizia não estar à espera, que não se tinha apercebido de nada. No final de contas ele não tinha nada.
Por isso não deixem de se Amar, de lutar pelo que mais gostam, pois o Amor é uma luta diária, constante…

quinta-feira, 1 de março de 2012

A Inicial


Fiz-me à estrada
Numa longa caminhada
Eriçada
Suada. 

Escrevi tanto
Que parece
Que bordei um manto
Com uma prece. 

Nessa prece estava uma inicial
De um nome irreal.
Nem escrito com o novo acordo ortográfico
Ele ficava flácido. 

Estático com o sucedido
Acalmei.
Em breves instantes recomecei
Agora de um modo mais despido.

Querida Namorada V


Querida Namorada: 

Hoje acordei num outro lugar,
Na paragem do autocarro
Onde trocamos o primeiro olhar. 

Querida Namorada: 

Aquele olhar
Parecia um preliminar
De uma relação que ia começar. 

Querida Namorada: 

Logo após o primeiro beijar,
Desdenhei o sentimento
Que mais tarde me veio a encher de contentamento. 

Querida Namorada: 

Desculpa este meu comportamento
Se calhar
É por isso que agora estou ao relento.