Porque quem ama tem medo de perder...

Este blog é para quem gosta de amar, de lutar pelo que gosta...







sábado, 30 de junho de 2012

És Mais Do Que Isso


És mais do que isso.
Fico em roliço
Cada vez que te vejo.
Invejo
Cada olhar de um estranho
Na tua direcção.
Mas não me acanho.
Dou-te a mão
Digo-te o que me vai na alma,
No coração.
Não é que já não te tenha dito.
Mas dizer que te amo no infinito,
Dá-me uma calma
Nunca antes sentida.
De seguida
Numa acção destemida
Tenho-te no meu regaço,
Num espaço
Só nosso.
Sente este esboço
Que começa a ganhar forma
A cada gesto
De afecto.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Musa



Tu és a minha musa,
A blusa
Que se desaperta.
O sentimento que em mim desperta.

A mão que escreve
Assim ao de leve.
És o olhar
Que me faz ver na direcção certa.

És o rimar
De cada verso.
A porta aberta
De cada poema. 

Tu és o emblema
Imerso
No meu peito
Sem nenhum defeito.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Prometido



Pediste-me que fosse
Sem olhar para trás.

Parti sem falar.
Parti sem olhar.

Quis inverter o meu sentido
Mas lembrei-me do que havia prometido.

Em passos lentos
Calcava os paralelos cinzentos,
Molhados por lágrimas minhas.

Desapareci no meio
Do nevoeiro.
Numa desgraça
Que se enlaça
A cada passo que dou. 

Quis caminhar sem mais não.
Quis parar o coração.
Quis aniquilar aquela dor.
Quis acabar com aquele terror.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Sentes?



Isto não se explica,
Não se classifica.

Sente-se.

Isto não se quantifica,
Não se vende.

Disfruta-se.

Isto não se domestica,
Não se prende.

Liberta-se.

Isto não se força,
Flui naturalmente. 

Porque o amor… Sente-se!

Livro "Amor Sem Dor, Não é Amor"



No dia 23-02-2012 começou a minha primeira incursão no mundo da poesia, com o lançamento do meu primeiro livro de poesia, “Amor Sem Dor, Não É Amor”.
Escolhi a Biblioteca José Régio para a apresentação do livro por dois motivos;
O primeiro por ser na terra que me viu nascer e crescer. O segundo por ter o nome de um dos maiores poetas de Portugal.
A emoção foi tal que me faltaram palavras para descrever o livro. O nervosismo tinha-se apoderado de mim. Passada a palavra à autora do prefácio, os nervos acalmaram-se e tudo fluiu de maneira mais natural.
Sem esquecer a presença de todos, que de forma incondicional me apoiaram. Também uma palavra de apreço aos que não puderam estar, que tenho a certeza que estavam a torcer por mim e para que tudo corresse da melhor maneira.
O meu primeiro poema nasceu no princípio do fim de algo, onde as palavras substituíram o bafo a álcool. A inspiração surgia sem precedentes. Passava tudo para o papel, e, alicerce a alicerce ia construindo cada verso, cada quadra até surgir o poema.
Como devem notar a minha escrita baseia-se na perda, na procura de um amor que insiste em não aparecer. Fugazmente mudo para uma escrita mais alegre, mais recheada de cor. Ou melhor, poeta que é poeta escreve conforme o estado de espirito. Escreve aquilo que lhe corre nas veias naquele determinado momento.
Assim passado algum tempo nasce o primeiro livro da minha autoria.
“Amor Sem Dor, Não É Amor”
Deixo-vos um poema retirado do meu primeiro livro de poesia, “Amor Sem Dor, Não É Amor”.
.

Hoje Amo-te
Hoje amo-te,
Tanto quanto outro dia qualquer,
Mas dizer-te isto hoje,
Dá-me prazer...

Hoje amo-te,
Como quem ama o sol,
Como quem ama a lua,
Ela é minha e tua...

Hoje amo-te,
Como sempre te amei,
Como da primeira vez que chorei,
Quando tão doce palavra aclamei...

Hoje amo-te,
Mas não será só hoje,
Será para sempre,
Até que a morte nos tente...

Até assim sentiremos o amor!
O odor,
Esse vai estar sempre no ar,
Para que possas sempre recordar...

Para quem quiser adquirir pode fazê-lo através do site da Corpos Editora:
 http://www.worldartfriends.com/store/1437-nuno-quintela-amor-sem-dor-nao-e-amor.html
Ou então em qualquer loja Fnac, que se não tiver o livro no momento podem fazer a encomenda que o livro estará nas vossas mãos em mais ou menos 10 dias.
Também existe a possibilidade de eu próprio enviar pelos correios para uma morada que indicar, o que levaria cerca de 3 a 4 dias a chegar, autografado e com uma dedicatória!

sábado, 23 de junho de 2012

Quis Escrever



Quis escrever ao São João
E pedir-lhe um balão.
Escrever-lhe uma quadra
Com o nome da minha amada.

Quis pedir ao São João
Que lhe dissesse do meu coração
Que lhe transmitisse
Toda esta emoção.

Quis pedir ao São João
Que dissesse à minha amada
Que estou no portão
À espera da sua chegada.

Quis pedir isto e muito mais.
Mas logo ali ela sussurrou-me ao ouvido
Uma palavra com sentido
E disse também, “nunca te deixarei, jamais.”

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Ando por Ai



Ando por ai escondido,
Num gemido
Um tanto ou quanto fodido.

Ando por ai deprimido
A olhar para os cantos
À procura dos teus encantos.

Ando por ai sem rugido
A raspar no chão
Sem nenhuma inspiração.

Ando por ai incapaz
Sem fazer o que mais me apraz
Parece que estou preso em Alcatraz.

Andarei assim neste tom tingido
À espera que o bandido
Se canse de me deixar assim, enfraquecido.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Absorvo





Absorvo cada palavra que dizes,
Cada olhar que me diriges.


Cada gesto singelo
Que me tira deste degelo.


Cada sopro
Que contorna o meu corpo.


Cada gargalhada
Num tom de fada.


Adoro quando cantas.
Adoro tudo o que espantas.


Adoro tudo em ti.
Adoro tudo, mesmo o que ainda não vi.

sábado, 16 de junho de 2012

Estudante


Sou um estudante
Deste sentimento
A que chamamos Amor.

De uma maneira inteligente
Ele ensina-me que a qualquer momento
Quando menos esperamos pode aparecer a dor.

Numa reguada 
Sinto uma estalada 
Que me destrona, sem nada que possa fazer.

Numa chamada ao quadro
Levanto-me para resolver uma equação
O giz parece querer fugir-me da mão.

Queria sentir-me um bravo
Que aprendeu a lição.

Não queria temer, não.
Queria ser o que posso ser
Sem o medo de me perder.

Mas no que toca ao coração
Nunca aprendemos a lição.
Por mais palestras que tenha
Existe sempre alguma coisa que nos desdenha.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Vociferar Mudo



A voz do silêncio
É a voz mais verdadeira,
A voz da razão. 

Quando só paramos para escutar
O nosso coração
Encostados a uma cabeceira. 

Antes que a depressão
Nos faça ir parar
A uma trincheira. 

Num vociferar mudo,
Num tom agudo
Levantamo-nos sem aquele ar sisudo. 

Num interlúdio
Ritmado pelo coração
Abraçamos a vida com muita paixão.

domingo, 10 de junho de 2012

Vou



Vou-te colorir
Da cor do céu.
Num azul ao léu
Que te deixará a sorrir. 

Vou-te imprimir
Numa tela
E numa pincelada
Vou mostrar ao mundo o quanto és bela. 

Vou-te bordar
Numa toalha
Sem nenhuma falha
A tua alegria irá transbordar. 

Vou-te tatuar
No meu peito
Num jeito
Que jamais deixarás de amar!

sexta-feira, 8 de junho de 2012

O Poder do Aço


É esta merda
Que me deixa na berma. 

Que me faz querer dar o passo
Sem qualquer tipo de cagaço

Quero sentir o poder deste frio aço
Como se se tratasse de um abraço. 

Quero ver sangue a cair
Como uma pipa acabada de abrir. 

Quero partir
Sem ouvir dizer que estou a fugir. 

Quero sorrir
Quando o começar a deixar de sentir. 

No último batimento
Já quase afogado numa poça,
Esvazio todo este pensamento
Sem que vos crie moça.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

A Nossa Cabana


Construí uma cabana 
Numa árvore ao pé de ti
Onde os pássaros cantam
Cada vez que chamo por ti. 

Queria ver-te de perto 
Sentada a raspar no chão. 

Perceber em que momento
Ia parar aquele movimento da tua mão. 

Se numa gargalhada,
Se numa palavra. 

Passo ali dias a fio
Sem frio.
Embriagado com o teu brilhar. 

Um dia vou-te convidar
A este meu pequeno lar
Construído com o teu olhar. 

Um dia será o nosso ar,
E ai ninguém nos vai parar
Nem ventos fortes,
Nem chuva a potes. 

Seremos só tu e eu
Numa força alicerçada,
Abonada,
Por uma felicidade que será sempre achada.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Hoje Chorei


Hoje chorei.
Quase que me enterrei.
Doeu que nem sei.
Levei chapadas
Iradas
Do meu pensamento.
Senti-me um jumento.
Nem sei o que dizer.
Nem sei o fazer.
Não me quero perder.
…Mas continua a doer…
Quero dar-te força
Sem tu saberes.
Receberes
Estas palavras de conforto
Para que nunca te sintas em ponto morto.
Nada dará para o torto.
Nesta amizade que nos une
Que nos vai deixar imune
A qualquer tristeza.
Ela é que é a nossa grandeza.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

A Minha Vontade



Quantas teorias eu já criei
Por este amor que lutei. 

Quantas barreiras eu saltei
Por um sorriso teu. 

Tanto arame farpado por mim passou,
Tanta foi a pele que rasguei. 

Tanto sangue que em mim escorreu
E mesmo assim a vontade não desmoronou. 

Criou em mim um efeito adverso. 

A cada rima, a cada verso
Sinto o progresso. 

Vales cada esforço
Sem nenhum protesto. 

Vales cada destroço
Que em mim possa cair. 

Porque quando eu te alcançar,
Mesmo de calças rotas
E corpo esfolado
Tenho a certeza que vais estar a sorrir.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Olhares Triunfantes


Preparo esta dinastia
Que em tempos temia,
Tremia
Ao pensar no futuro. 

Girava num obscuro
Sem cura,
Onde a alegria 
Era sol de pouca dura. 

Sinto que caminho,
Que voo para um destino
Cheio de Amor
Com o teu patrocínio. 

Minha Querida
Nunca a minha vida
Foi tão recheada
Com a tua chegada. 

Erguem-se castelos
Paralelos
A este sentimento
Cheio de alento. 

Sinto que nada será
Como antes.
Vamos ser loucos amantes
Com olhares triunfantes.