Porque quem ama tem medo de perder...

Este blog é para quem gosta de amar, de lutar pelo que gosta...







segunda-feira, 8 de abril de 2013

...e depois?

Foto de Nuno Quintela
Para onde foi aquele beijo tão desejado
que de uma amizade surgiu
e aos olhos de quem o viu
nunca foi errado. 

O dia era cintilante
Os meus olhos brilhavam,
As pombas nos clérigos,
Pareciam que cantavam.
Aclamavam pelo sentimento
de anos em fermento. 

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Numa invertebrada gota de água
comecei a sentir a mágoa,
A mágoa que dela transbordava.
Assim que a senti cair,
O silêncio foi tudo o que consegui ouvir.

Até hoje não esperei para ver o que vinha a seguir.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Finge

Foto de Nuno Quintela

Finge que choras, 
Finge que o meu coração 
é onde moras 
e que com a minha morte 
vais ficar nas esporas da solidão. 
Diz-lhes que apesar de tudo, 
tu és forte, 
Diz-lhes que o nosso amor 
não era nenhum fantoche,
Não existiam marionetas a controlar. 
Finge que é verdadeira essa dor
e nesse sentimento incolor 
fica completa a fachada carregada de ardor.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Convicção

Foto de Nuno Quintela

Na penumbra do negro
deste céu,
Tento não cair em desespero
e escrevo de coração ao léu. 

As minhas mãos transpiram
a cada verso elaborado,
Enquanto as nuvens conspiram
se tu irás gostar do resultado. 

O vento assobia
numa fonia
sem sintonia. 

Gaivotas grasnam como loucas,
Num sinal de poema quase terminado.
Aqui me mantenho seguro e equilibrado
e enquanto tiver forças, as minhas palavras nunca serão moucas. 

Resguardo este meu coração
porque esta pureza é só quando penso em ti meu amor.
Termino este poema na convicção
que só ao teu lado é que esta vida tem valor.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Descrevo-te

Foto de Nuno Quintela

Descrevo-te nestes lençóis fartos
enlutados pelo suor neles enterrados. 
Nos gemidos vociferados 
que noutros tempos eram envergonhados. 

Descrevo as minhas mãos no teu ventre, 
O toque na tua pele macia, 
Seda ardente 
que quase me deixava em asfixia. 

Descrevo os meus lábios no teu pescoço, 
As tuas pernas enroladas no meu dorso, 
Incontroláveis gestos 
de sentimentos firmes, erectos. 

Descrevo-te assim. 
O teu eu em mim. 
O meu eu em ti. 
Meu amor não demores, anda daí.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Tudo (um dos "tudo")

Foto by Nuno Quintela
Tudo deixa de fazer sentido
quando a inspiração desaparece.
Fica tudo entupido
e tudo me aborrece. 

Começo a tremer
como se um risco me pudesse salvar
deste tormento que se começa a acentuar.
Tenho medo de me perder. 

Nem um trago de Blue Label me pode salvar.
Começo a berrar, a maltratar
o oco, o vazio. 

Até me apetecia ir à ginjinha, no Rossio,
mas não tenho forças para me mexer
este meu corpo, parece querer morrer.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Lar



Traço laços no teu corpo. 
Neles sinto o teu conforto.
Uns em tom violeta
com as asas de uma borboleta.
Outro em tons rosa
com as letras de uma prosa.
Ainda outros em tom verde
onde nada se perde.
Meu anjo
que lindo arranjo.
Só um beijo
Para completar
o ter corpo como se fosse o meu lar.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Para a Vida



Fica um traço
como um rasto
para não me perderes. 

Para me veres
sempre que te apetecer. 

Mesmo que chova
Eu traço uma linha nova. 

Neste amor que se renova
Onde todos os dias é posto à prova. 

Minha querida
nunca te sintas perdida.
Este meu sentimento é para a vida!