Porque quem ama tem medo de perder...

Este blog é para quem gosta de amar, de lutar pelo que gosta...







quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Querida Namorada IV


Querida Namorada: 

Hoje acordei com as ondas a bater
No casco do veleiro,
Imaginei o primeiro
Dia em que deste a razão de viver. 

Querida Namorada: 

Ouvi gaivotas a grasnar
Julguei que me estavam a ralhar,
Mas não, estavam apenas a chamar
A minha mente para mais um dia que se iria perlongar. 

Querida Namorada: 

Vejo golfinhos a saltar,
Visão que me faz lembrar
O teu doce olhar. 

Querida Namorada: 

Agora são nuvens escuras
Que estão a chegar
E as torturas
Não costumam perdoar.

Lançamento do meu 1º livro de poesia "Amor sem Dor, não é Amor"

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Indeciso


Será que devo ir?
Se for, vou sorrir?
E se ficar?
Irei chorar? 

Não sei que direcção tomar
Para te encontrar.
Não sei quando é que esta tortura
Vai acabar. 

Tanta amargura
Por querer amar.
Valerá a pena continuar?
Ou o melhor é encerrar?

Querida Namorada III


Querida Namorada: 

Aqui estou eu mais uma vez
Num estado de embriaguez,
Desde aquela noite em que a lua se desfez. 

Querida Namorada: 

Estou na amura de um veleiro
Sentado à procura do paradeiro.
Baloiço ao sabor das ondas sem saber
O que é verdadeiro. 

Querida Namorada: 

Não sei se lês
Aquilo que escrevo,
Não sei se algum dia saberás a razão de um trevo. 

Querida Namorada: 

Está quase a anoitecer
O frio faz-me tremer,
Vou recolher na esperança de adormecer
E acordar para mais um dia sem o teu ser.

Quero trabalhar


Estou farto de estar parado,
De enviar currículos,
Tais títulos
Que não me tiram deste triste fado. 

Não sei quando irá acabar 
Este tormento,
De uma vida que parece ter perdido o alento. 

Em nenhum momento
Pensei voltar
A este relento
Que uma suposta crise nos faz passar. 

Queria ver esses gajos do parlamento,
Aqueles que cospem para o ar,
Trocarem por um mês de lugar,
Tenho a certeza que não iriam aguentar. 

Mas de que serve este descontentamento?
Serve para demonstrar
Aquilo que muitas pessoas estão a passar,
E os tais gajos parecem que se estão a borrifar.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Querida Namorada II


Querida namorada:

Porque me abandonaste
Nesta longa estrada?
No asfalto
Sem nada.

Querida namorada:

Algum dia irás voltar?
Algum dia me virás buscar?
Ou vou ficar a ressacar
Pelo nutriente que me costumavas dar?

Querida namorada:

Não me deixes assim.
Por favor ouve-me
Não aguento mais este fim.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Obrigado!





Obrigado pelo apoio que tenho recebido, por tudo o que me têm dado e feito sentir.
Não imaginam o significado que é ter tantas pessoas, umas amigas, outras conhecidas e até desconhecias, a exercer um ínfimo gesto, um trocar de palavras, atitudes que me elevam a um patamar nunca antes alcançado.
É este bem-estar que me tem dado forças para acreditar num futuro mais risonho, apesar de estar numa situação precária, onde a ausência de certas coisas me fazem quase pensar em desistir. Mas graças a vocês todos sem excepção, tenho conseguido contornar este sentimento.

Obrigado é pouco para vos agradecer o quanto têm feito por mim, mesmo sem se aperceberem disso.
Espero conseguir sempre dar-vos tudo aquilo que me vai no coração, do mais triste ao mais alegre, pois é isso que eu quero sempre poder fazer e assim tentar agradecer tudo aquilo que vocês fazem por mim.

Arigatou!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Sem luz



Hoje encontro-me assim
Sem alegria,
Sem festim. 

Fundiu-se o farolim
Que iluminava
O meu jardim. 

Triste de mim,
Que deixou de existir luz.
E agora quem me conduz? 

Não sei se terá conserto,
Pois nunca vi nada igual
Num tom ancestral… 

Que fazer
Para saber?
Minha luz, porque foste tu desaparecer?

A minha/tua luta


Vou fazer de cada gota da chuva
A minha luta
O meu propósito. 

Um depósito
De esperança,
Com muita pujança. 

Com força de vontade
Tudo se alcança,
Existe sempre uma brecha, uma cavidade. 

Irei superar-me
Sem me limitar,
Sem me esgotar. 

Terei a força de mil homens
Para nunca desistir,
Não quero partir
Sem antes tentar sorrir verdadeiramente. 

Nunca desistas!
Haverá sempre novas pistas
Em cada circuito,
Aí verás que nada é fortuito.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Ouvi dizer


Ouvi dizer
Que já não há querer.
Ouvi dizer
Que é só perder.
Ouvi dizer
Que vai arrefecer.
Ouvi dizer
Que vais corroer.
Ouvi dizer
Que tudo vai desvanecer.
Ouvi dizer
Qua humildade vai emagrecer.
Ouvi dizer
Que tudo ia enegrecer.
Ouvi dizer
Que tudo se ia esbater.
Vou adormecer,
Esquecer
O que possa vir a viver,
O que possa estar a crescer,
Monstros com pés gigantes,
Que vão fazer tudo estremecer.
Espero não acordar
Antes do sol nascer.

Um dia chegará a tua vez



Cada qual tem o que merece,
Já dizia o pobre coração
Que de amor carece. 

Nada se esquece.
A força da razão
Acaba por trazer tudo à tona. 

Depois a tua mente questiona:
Porquê que isto me está a acontecer?
Ó “mal” podias a outra porta bater… 

Não me lembro o que fiz
Para ter que te acolher
Porque não vais ter com os imbecis? 

Um dia recordar-te-ás 
A razão de te vir cobrar
E aí irás valorizar
O porquê de um chorar.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

A rima do teu nome



O teu nome rima: 
Com cama,
Com banana,
Com humana.
Usas a cama para dormir
E outras coisas que eu não posso exprimir.
A banana
Posso fazer umas piadas para te começares a rir.
Humana
Bem esta ultima é aquilo que mais te define,
És humilde,
És severa quando deves de ser,
És a força quando pensamos que não conseguimos vencer.
Baixar os braços,
Esmorecer,
Não está no teu vocabulário.
Tu és a motivação,
Estás para além do imaginário,
Tu és o ar que faz encher o nosso balão.
Compreensão,
Esforço,
Dedicação,
Tudo isto serve de reforço
Para continuares a desempenhar
De maneira exemplar
Tudo o que sabes
Sem medo de partilhar.
Irás continuar
Com a unhas e dentes
Sem parar,
Porque no fim
Saímos todos a ganhar…

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Where is the Love?



Ele está aqui guardado
No meu coração,
Configurado
Para despertar
Com o toque da tua mão,
Com o teu respirar.
Não sei se algum dia irás chegar,
Até lá ficas a saber
Que tenho muito para te dar,
Pois o meu amor é mais puro
Do que o que possa parecer.
Só me resta pensar num futuro
Sorridente,
Não posso ter outro pensamento presente
Na minha mente.



Por favor



Todos sentimos
Dias sombrios,
Dias de dor,
Dias em que seja o que for
Nos cria mau odor.
Por favor não me mace,
Por favor não me aborreça,
Pára de me chatear a cabeça.
Nesses dias só nos apetece estar sozinhos,
Todos temos o nosso abrigo,
Só nosso de mais ninguém,
Porém,
Podemos deixar alguém entrar
Para nos ajudar.
Só nos faz bem,
E tu és quem?
Queres ajudar-me também?
Eu já lá tive,
E não foi uma só pessoa que me ajudou,
Foram vocês que me indicaram a direcção,
Para onde vou?
Para onde vocês quiserem,
A mim apetece-me um copo de sangria,
E vocês que querem?
Pode ser, vamos até à tasquinha…

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A fonte do teu ser

Foto gentilmente cedida pela Joana Páscoa

Espero o dia em que te vou ver,
Sentada neste rochedo
Que me tira todo o medo. 

Aquela linha do horizonte
É só uma fonte
De todo o teu ser. 

Nada me fará perder
Esta esperança
De um dia te ter. 

Sem ânsia
E muita segurança
Ela virá, a bonança. 

Quando esse dia chegar
O teu olhar eu irei aconchegar,
E ao ouvido dir-te-ei 
Que foste o homem por quem sempre esperei.

Oh Luz



Onde andas oh luz,
Não vês ao que me reduz
A tua ausência? 

Sem a tua essência
Rastejo para o nada
De mente acanhada. 

Tenho medo daquele fantasma
Que parece camuflar-se na lama
E me assusta quando não existe chama. 

Tenho medo,
Muito medo,
Porque não apareces
E acabas com este degredo? 

Parece que me esqueces
Quando mais preciso de ti.
Nunca te menti,
Nunca desisti. 

Aparece o quanto antes
Não quero morrer
Nas mãos daquele gigante,
Quero sejas para sempre a minha amante.

Sem nome


É-lhes ocultada
Qualquer opção,
Sem palavra
Não se atrevem a ter opinião. 

Tristes corações
Rebaixados por acções.
Controlados por decisões
De humanos sem emoções. 

Carenciados
Morrem á fome,
São abandonados
Sem nome.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A tua Essência (a falta dela)



Queria escrever um poema
Para te pedir desculpa 
Por uma culpa 
De uma ausência suprema. 

Tinha planeado com paciência
Este momento sem defeito. 
Na tua presença 
Queria sentir a tua essência. 

Tatuei no peito 
Este dia 
Que sonhara ser de pura magia
De muito proveito. 

Não sei se existe perdão 
Não sei o que vai ser do meu coração, 
Não sei se algum dia te irei ver. 
Só sei que a partir de hoje vai ser só sofrer...

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Tens de ceder



Vais acabar por dar
O braço a torcer,
À minha porta irás estar
E provavelmente bater. 

Estarei lá para te receber
Num abraço,
Num pedaço,
Sem me perder. 

E aí é que vais ver
Que o que estava escrito
Só podia ser
Aquilo que eu acredito. 

Certamente também irás acreditar
Que na vida podemos amar
Sem que o orgulho possa triunfar.
E o amor esse só pode brilhar!

De repente


Foi com o sol radiante
Que uma leve brisa
Te acariciou intensamente. 

O mar
Esse canaliza
o teu olhar. 

Um olhar
Que pensa no amar
Que tanto desejas purificar. 

(de repente) 

Avistas um marinheiro
E num beijar matreiro
Sol e mar são testemunhas
De um sentimento verdadeiro.

Alma ilesa




Farão diferença
Estas palavras cheias de esperança? 

Escrevo-as, pois a minha garganta
Não consegue emitir tais sons vazios. 

Foi estrangulada nas margens dos rios
Pelo ódio que nos é muito familiar. 

Por um invejar sem precedente
Que me magoa arduamente. 

Por gente que se contenta
Com a tristeza de outros na sua ementa. 

Mas ainda assim a chama continua acesa
É isso que mantêm a minha alma ilesa.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Rosa



Por vezes o sol parece não iluminar,
Parece que estou a ressacar 
Por alguma luz, 
Por algum bem-estar, 
Pela tua voz 
É ela que me seduz. 
Desaguo como um rio até á foz, 
Vou-o como um pássaro livre, 
Sem medo 
Deixo-me levar pelo vento 
Eu sei que ele me vai levar até ti. 
A qualquer momento 
Cairei em teu braços 
E tudo deixará de ser cinzento, 
Não sentirei sofrimento. 
Oferecer-te-ei uma rosa vermelha 
Para colocares na orelha, 
Irás conserva-la com muito carinho, 
Porque cada vez que olhares para ela 
Irás lembrar-te deste rapaz, 
Que contigo só quer lutar por um bocado de paz…

A nossa Cor



Ando com uma dor…
Dói-me o peito,
Sinto falta do teu alvor,
Do teu leito. 

Preciso da tua cor,
Do teu jeito,
Alimenta-me com um beijo
Sem defeito. 

Assim endireito
Este conceito
De andar imperfeito
Dois dedos abaixo do peito.
(esquerdo)

Imaginário ausente



O meu coração ficou teu fã,
Quero ter um amanhã,
Melhor que o ontem,
Sem sentimentos que me desapontem. 

Alegra-me esta mente,
O que este coração sente,
Por ti é diferente,
É consistente... 

Amargamente
Sinto-me a falar
Para um imaginário ausente.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Carteiro


Ansioso espero,
Espero pelo carteiro
Que me traga palavras de um amor sincero,
Verdadeiro. 

(Sim ainda acredito
Naquilo que todos dizem,
Afirmam ser um mito.) 

Palavras escritas
Com odor a jasmim,
Catitas
E assim. 

Sei que um dia ele chegará,
Boas novas ele anunciará,
Recebê-lo-ei com um sorriso bem-disposto
Tal como o sol de Agosto.

Elogio ao Amor



Rubricaste um beijo
No meu regaço,
Carregado de desejo… 

Sem embaraço
Os nossos corações
Uniram-se carregados de emoções… 

Cada carícia
Mostrava a perícia
De um sentimento nunca antes explorado… 

Adjectivado
Por cada gesto teu,
Meu… 

Desfrutamos cada momento
Sem nenhum lamento
Sem nenhum tormento… 

Ali ficamos horas a fio
Num elogio
Ao amor sem vazio…

Envergonhada



Serás tu tão envergonhada
Como dizes?
Ou serão raízes
Que percorrem uma longa estrada
E não te deixam dizer nada,
Numa irracional ideia
De que uma nova amizade
Te deixe mais complexada.

Estarás com receio de levar outra chapada?

Até podia



Até podia parecer
Aquilo que desejas. 

Até te podia arrefecer
Quando te sentisses a arder. 

Até te podia socorrer
Quando tivesses a tremer. 

Até te podia fazer voar
Sem os pés do chão tirar. 

Até te podia beijar
Com um respirar. 

Até podia ao teu lado ficar
Num meigo embalar.

Até podia ser tudo aquilo que queres
Mas não estaria a ser eu.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Profeta



Oriundo de outro planeta
Apareceu ele
Com a velocidade de um cometa.
Logo se apressou 
E auto-intitulou-se 
O Profeta,
Profeta do Amor.
Numa voz estridente diz
Que só ele tem o poder
De fazer alguém feliz,
Com muito alvor! 

Penso cá para mim 
Se haverá alguém assim,
Com o poder de fazer refém
Um sentimento em tons de cetim.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Vamos lá!



Estaremos nós preparados,
Estimulados
Para mudar o mundo
Sem pensar um segundo? 

Com as nossas mãos
Escavar fundo
Sem ter medo
E penetrar no imundo… 

Vamos lá! 

Vamos rejuvenescer rostos acabados
Abalados pela liça
Carregada de eriça… 

Vamos colocar sorrisos
Precisos
Cheios de convicção! 

Vamos todos dar a mão
E com grande união
Vamos encher pequenos corações de satisfação!

Porque resistes?



Só me magoas
O meu coração tu destoas.
Não sei porque resistes
Não sei porque insistes… 

Se eu gosto de ti,
Porque não me abraças
Aqui?
Liberta-me destas desgraças… 

Tanta alegria
Envolta de maresia,
Onde ambos podemos sorrir.
Porque pensas em desistir?

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Actos






Concentrei-me num sentimento
Que pudesse ter,
A qualquer momento.

A fusão de acontecimentos
Tem-me levado a tormentos,
Mas este sentimento não é violento...

Pelo contrário
É bem alegre,
Pois um dia irei esfrega-lo na cara desse imberbe.

Parecia que estava fechado num armário
Para sair no momento exacto,
Em pleno acto.

E assim com esse sentimento
Continuo a jornada,
Sem ter que andar á estalada...

Não vos darei razões para falar,
Porque é vossa consciência que vos vai pesar,
Tem sido unânime esse mau estar...


De uma maneira ou de outra alguém já vos começou a cobrar,
E vocês só têm é de pagar,
Aí é que vão dar valor a quem realmente sua...

Príncipes do Nada

Foto retirada da pagina Príncipes do Nada

São príncipes do nada
São príncipes do mundo. 

O mundo fica mudo
Com a mente desbotoada… 

Verdadeiros heróis
Rostos que iluminam como faróis. 

Mesmo com nutrição precária
A luta por bens essenciais é diária. 

Fazem das tripas coração
Só para ter um bocado de pão. 

Bradam preces
A quem de nada carece. 

Entristece
Ver a fome matar sem precedentes. 

Num continente tão rico
Onde quem tem não dá um nico. 

Em pleno século XXI
Que poderão fazer para matar este jejum?

Querida Namorada


Querida namorada,
Sei que estás algures
Nessa estrada… 

Sigo as tuas pegadas
Mesmo meio apagadas
A esperança é elevada… 

Uma caminhada,
Com o intuito de sentir
Que vale a pena sorrir… 

Querida namorada,
A minha alma quer sentir-se achada,
Pelo teu toque de fada… 

Querida namorada,
A noite já não tarda
E com ela trará a geada… 

Querida namorada,
Espero que me encontres o quanto antes
Para que os nossos corações brilhem como puros diamantes…

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

À mercê do Bandido


De coração ferido
À mercê do bandido
Ando meio perdido. 

Corre, corre,
Foge, foge,
Grita o individuo… 

Como uma chita
Aflita,
Rapidamente alcanço o meu abrigo… 

Espero que o tenha despistado.
Com muito cuidado
Aguardo. 

Não posso sair
Sem ter o coração sarado,
Tratado. 

Ele está que nem um abutre sedento,
Sempre atento a corações feridos,
Desfavorecidos. 

Os espojos de morte
Já não lhes saciam a fome,
São abutres de outro corte. 

A minha sorte
É o teu soro
Aquele que eu imploro,
Aquele que me põe mais forte. 

Não demores,
Acha-me a norte
Naquele forte,
Onde lamentamos os nossos ardores.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Encalhado



Estar encalhado
Tem as suas vantagens,
Não corro o risco de ficar desfalcado,
De chorar nas margens. 

Não corro o risco de colidir,
De explodir
De fora para dentro,
E ficar com o coração ao relento. 

Não me iludo,
Não consumo
Um falso veludo
Sem resumo. 

Sigo atento
Com o brilho de mil sois.
Sem por a carroça à frente dos bois
Lá me oriento.

Não que não me faça falta
Este pigmento,
Mas neste momento o que mais me exalta
É o meu alento…

Coração ferido


Obrigado pela inspiração,
Pelas palavras
Em forma de balas
Que vieram directas ao coração. 

De coração ferido
Escrevo com mais sentido
Por isso só te agradeço
Por teres fugido… 

Depois da tristeza,
Da avareza
Vem a emoção, 
O encher do pulmão. 

Um respirar
De um novo ar
Para compensar
Um novo recomeçar.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Amor próprio



Nada como ter amor-próprio
Na ausência de um outro sentimento 
Impróprio. 

Aquele que nos tira
Que nos aspira
Para algo menos sóbrio. 

Tira-nos os pés do chão.
Não que não seja bom,
Mas depois vem o trambolhão… 

Que trás consigo a desilusão
A incompreensão
Da saliva gasta em vão… 

Abraçado com esse meu amor
Que me ilumina a todo o momento,
Sigo o meu caminho sem medo da dor…

Princípio do fim V



…Pensava ela se seria verdade,
Na sua autenticidade.
Se aquilo não passavam
De palavras que abafavam
Toda aquela realidade…
Quis acreditar que não
Ao sentir uma outra mão
Acariciar a sua face
E num enlace
Dois corpos uniram-se ao seu.
Todo o mal desapareceu.
A alegria enriqueceu todo aquele lar
Parecia que o amar
Tinha acabado de chegar.
Esse sim era o seu luar,
O seu bem-estar.

(Estaria a Teresa a sonhar,
Sem nunca mais acordar?
Pois era aquilo que ela mais desejava
Era naquele meio que o seu coração se enquadrava)

O meu rumo



Porque quando não existe
O sentimento não resiste
Não entro em despiste… 

As amarras 
Foram cortadas,
Navego com rumo… 

Assim me assumo,
Sem fumo
Negro ou branco… 

Avanço
Sentado num pequeno banco
Com a minha mão no leme… 

A minha mente nada teme,
Não treme.
Solitário, não tenho nada que me algeme…

Sabes lá...



Sabes lá tu o que é querer amar,
Amar alguém sem se fartar,
Beijar sem abreviar… 

Sentir tristeza por gostar
De alguém que não gosta de nós
Como um rio sem foz… 

Sentir as palavras
Que doem mais que estaladas. 

Gestos invisíveis
Imprevisíveis,
Destrutíveis… 

Deixando-nos de rastos,
Fartos
Pior que farrapos… 

Não fiques assim especada,
O que julgavas?
Que era tudo um conto de fadas?

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Princípio do fim IV




…Uma voz sussurrou-lhe ao ouvido:

Minha querida
Não te sintas perdida
Isto dos crescidos
Tem muito que se lhe diga… 

Pensam que tem os sentimentos
Todos adquiridos,
Mas quando chegam os tormentos
Ficam logo rabugentos… 

Tem calma que depois da tempestade 
Vem a bonança,
A esperança
De mão dada com a felicidade…
Continua

Encontrei-me com um Amigo



Encontrei-me com um amigo,
Na esperança que ele ouvisse mais um pagina do meu livro,
Aquele livro cheio de nada,
Que me tem feito tropeçar nesta escalada…
Perguntei-lhe se algum dia poderíamos esboçar um sorriso
Aquele que está cá dentro escondido,
Se alguém ou alguma coisa podia acatar tal pedido,
Para que deixasse de me sentir perdido…
Perguntei-lhe também se alguém podia retribuir tal gesto,
Para por breves instantes sentir afecto,
Não, não me quero sentir predilecto,
Apenas um gesto,
Aquele gesto…

Ele partiu sem me dizer alguma coisa em concreto…

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Princípio do fim III


…Parecia mudo
Parecia que existia um escudo,
Uma barreira… 

Não surtiu efeito nenhum,
Sentia-se sem eira nem beira
Ali sentada na fria soleira… 

Os lobos aproximavam-se
Ela contava-os uma a um
Pareciam raivosos em jejum… 

É então que surge um ruído
Mais pareciam tachos a cair no chão
Não percebera de onde tinha surgido… 

Os lobos desapareceram
Será que cederam?

Do nada apareceu uma mão,
E outra,
Que lhe afastaram daquela escuridão…

Continua

Obrigado é pouco!





Obrigado por seres assim,
Obrigado por fazeres ”parte de mim”,
Obrigado por seres o jasmim
No meio das palavras que formam este belo jardim. 

Obrigado pela pureza,
Pela natureza 
Dos teus sentimentos
Que nunca serão fraudulentos. 

Não sei se este poema
Chega para te agradecer
De forma suprema,
Mas é o mais sincero do meu para o teu ser.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Ao virar da esquina



Ao virar da esquina
Parece que te avisto,
Num passo largo
Quase que te conquisto.
Corro para te beijar,
Para te abraçar.
Mas rapidamente percebo
Que tudo não passa de uma ilusão,
De uma miragem.
Isto do coração
Tem muito que se lhe diga.
Sem fadiga,
Sem contestação,
Vou esperar para te voltar a ver
Pode ser hoje ou amanhã
Preciso manter
A minha mente sã.
Sentado no areal
A pensar no teu regresso,
No nosso progresso,
Na próxima vez que me irás tocar…
Até lá vou escrevendo
Aquilo que defendo.
Por ti,
Por nós,
Nunca nos sentiremos sós…

Princípio do fim II



…Juras,
Promessas,
Eram agora torturas
Nas suas cabeças. 

A Teresa confusa
Sentia-se no meio do caos
Parecia que lobos maus
A mantinham como reclusa… 

Não percebia a razão
Para a agressão verbal
Que mantinha aquele lar
Numa batalha campal… 

Num ajuizar,
Soltou um grito
Aflito,
Quase infinito…

Continua

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Princípio do fim




Depois de mais um dia de trabalho
Chega a casa
Mal pisa o soalho
Ouve uma voz que o arrasa. 

Já era usual
Aqueles agudos
Penetrarem-lhe de forma coaxial,
Mas ele fez ouvidos mudos. 

Foi até à janela
E por segundos
Navegou por outros mundos
À boleia de uma estrela…

De repente algo o atropela
Interrompe,
Rompe
Aquela bela tela… 

Teresa,
Sua filha 
Com rosto de princesa
Como ela chorava… 

Percebera que a sua família
Perdera toda a beleza,
E agora a escuridão
Tinha rompido toda aquela união… 

Continua

A tua falta



Hoje mais do que nunca
Sinto a tua falta,
Parece que estou numa espelunca,
Tanta é a dor que em mim exalta… 

Tudo me faz lembrar
O teu toque,
Até o vento forte
Me faz lembrar o teu suspirar… 

Rubricaste no meu coração
A tua emoção,
E sem dar por isso fugiste,
De repente fiquei sem chão… 

Não consigo quebrar este enguiço.
Quero-te ao meu lado
E sentir-me curado.
Meu amor não me deixes aqui algemado…

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Bera II







…E assim partiu
Com o que dali pariu,
Uma ilusão
Que lhe encheu o coração. 

Sim não passou disso
De um malabarismo,
Uma espécie de feitiço
Que o colocou novamente num enguiço. 

Calejado de tantas desilusões
De tanto sofrimento
Derivado de acções
Que outrora o deixara ao relento. 

Mas desta vez fora diferente
Agiu sem aquela raiva adjacente,
Partiu para uma escrita decente
Sem aquela dor fluente. 


Continua…