Porque quem ama tem medo de perder...

Este blog é para quem gosta de amar, de lutar pelo que gosta...







sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Um jasmim no meu jardim







Gostava de te poder brindar
Com algo que pudesse
Que fizesse com que esse lindo sorriso
Ficasse ainda mais esbelto…

Pensei numa tulipa,
Depois pensei num jasmim,
Numa rosa,
Num alecrim… 

Não me surgia nada,
Que maçada,
Não ter nenhuma ideia,
Não aparecia nenhuma para me dar boleia… 

Sentia-me desgraçado,
Paralisado,
Não sabia o que fazer,
Raios que me estava a acontecer… 

De um momento para o outro,
Pensei em palavras para te descrever,
Para enaltecer o teu doce ser,
Para o enriquecer… 

Pensei nelas mas não consegui escrever,
Preferi guarda-las para te dizer,
Ao som de um dlim,
Sentados lado a lado num belo jardim… 


(Espero que este poema te tenha feito mexer no cabelo, que te tenha feito esboçar um sorriso carregado de emoção, pois estas palavras foram digitadas pelo meu coração com o objectivo de atingir o teu.
Neste dia tão especial para ti e para todos os que gostam de ti, espero muito sinceramente que tenhas braços de gigante para agarrares toda a amizade que te rodeia.)

Liberdade




Tanta liberdade,
Sem conformidade,
Faz-nos rastejar
Sem piedade… 

Fecha-nos em casulos,
Deixa-nos fulos,
Deixa-nos irreconhecíveis,
Com atitudes incompreensíveis… 

Agimos como nunca antes,
Tornamo-nos inimigos de nós próprios,
Desvalorizamos o mais puro sentimento,
Aquele que temos em determinado momento… 

Aproveita a liberdade que te é dada,
Não olhes com desconfiança
Não é nenhum conto de fada,
É real esta dança… 

Alcança a felicidade,
Eu sei que acarreta grande responsabilidade,
Se não o fizeres nunca saberás a verdade,
E voltaras ao mesmo ciclo de incompatibilidade…

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Um pedaço de mim







Que levas na mão?
Será um turbilhão
Carregado de emoção?

Um caminho traçado 
Por um sentimento tresloucado
Sem direcção? 

Ou será um pedaço de mim
Enrolado num laço
Que costumas guardar no teu coração? 

Aquele que te provoca
Um imenso frenesim,
Que te lembra o jasmim… 

Seja o que for,
Espero que te faça sempre emergir
Esse esbelto sorrir… 

Que te faça sobressair 
Esses olhos azulados
Tão bem acariciados…

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Abençoado




Estou abençoado,
Por teres lançado
Esse abraço,
Esse beijo
Á muito esperado,
Desejado,
Desenhado com lápis de cera,
Num papel amarrotado,
Reciclado,
De pedidos nunca antes alcançados,
Perdidos em letras de tristes fados,
Cantados por vozes moucas…
Mas a letra agora mudou,
Puseste a agulha e o gira-disco tocou
Uma música
Que me virou do avesso,
Que me faz escrever um longo começo,
Sem fim á vista
Onde o Amor será uma constante,
Uma conquista…

Um beijo







Tanta é a saudade
Que todos os dias vou lá parar,
Ao sítio onde se deu o primeiro tocar
Envolto de vergonha e timidez… 

Parecíamos duas crianças,
Tu mexias no cabelo
Parecia que querias fazer tranças
De um jeito singelo…

E eu que me derretia
Parecia um caramelo,
As palavras essas parece que fugiam,
Os meus pés tremiam…

Até ao momento em que tudo se transformou,
Em que tudo se virou,
O meu rosto no teu encostou,
E o resto ficou guardado num beijo que se apertou….

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

O nosso espaço


Foto by Nuno Quintela

Espero por ti no muro,
No sitio do costume,
Rodeado de verdume,
Hum, já sinto o teu perfume,
É sinal que estas a chegar,
E um beijo,
Um abraço ira alcançar
Um corpo dorido de saudade…
Tudo vai parar,
Parece que vai ser só nosso
Todo aquele brilhar,
Que ilumina o nosso lugar…
Permanecemos juntos com o olhar,
A lua irá espreitar,
A noite irá passar,
Tudo ira recomeçar
Assim que o nosso doce beijar
Se soltar no ar…

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O nosso tempo







PaperLife: Peço tempo,
Algo que me leve a parar;
Não como mero passatempo,
Mas como um breve respirar.

Nuno Quintela: Encho os meus pulmões,
Com o mais puro ar,
Sinto palpitações,
Que me fazem recomeçar.

PL: Sinto o conforto da alma,
O silêncio de uma multidão,
Aquela presença que me acalma
Em jeito de negação.

NQ: Construo quatro paredes,
Um abrigo á minha solidão;
Oh coração por que não cedes?
Porque é que não me deixas dar a mão?

PL: Porque não quebras a corrente
Que me apavora,
Que me deixa dependente
Daquele momento, daquela hora?

NQ: Quero seguir o meu rumo
Sem olhar para trás,
Sem o desarrumo
De outras horas más.

PL: Quero ser o que não fui,
Um ente sem temor,
Um novo coração que flui
Sem qualquer tipo de dor.

NQ: Vá para onde for,
Quero encontrar amor,
Preencher uma vida em papel,
Quero encontrar-te meu anjo fiel.


(Poema elaborado em parceria com PaperLife)

domingo, 25 de dezembro de 2011

A tua ausência






Cada vez que ouço a tua voz
A saudade aperta,
O olhar desperta,
Olha em volta por ti, por nós…


O meu coração dispara
Num ritmo acelerado,
Quase descontrolado,
Quase irado…


Acalma esta ausência,
Encurta a distância
De um abraço,
Faz com que só seja nosso este espaço…


A tua presença faz-me falta,
Como o oxigénio para sobreviver,
Oh, mata-me este ser,
Esta ansiedade que me assalta…

O nosso olhar






Saudade do teu olhar, 
Do teu beijar, 
Do teu agarrar sem nunca me deixar... 
Meu amor sentes? 
Estamos a viajar... 

Deixamos rastos de brilhar, 
Num céu azul espalhado pelo mar, 
Um contracenar 
Que só está ao alcance do nosso olhar... 

Sinto os teus lábios, 
A sua textura, 
A sua frescura, 
Tão doce esta mistura... 

Nunca vamos parar, 
Haverá rir, 
Haverá chorar, 
Uniremos forças para que nunca nos falte o luar...

sábado, 24 de dezembro de 2011

Feliz Natal





Memórias e Desabafos,
Num Natal em que criamos
Fortes laços,
Com os que mais amamos...

Conservamos sentimentos puros,
Livramos-nos de todos os apuros,
Da rotina sedentária,
Sem dor como adversária...

Vemos sorrisos,
Olhares precisos,
A alegria reina no lar
Toda a felicidade e bem-estar...

Tudo isto é o que nos faz pensar
Que podemos caminhar
Num rumo,
Num destino sem para trás olhar...




Desejo a todos os leitores, amigos e os demais, de Memórias e Desabafos um Santo Natal
 na companhia de quem mais amam.
Nunca se esqueçam, vocês são a força da minha escrita, vai dai que estão dois dedos abaixo do peito esquerdo.


São estes os votos sinceros do vosso e sempre Fura Nuno Quintela.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Mil luas





A noite foi dura que nem sei,
Andaste vaguear na minha cabeça,
E eu não faço nada que o impeça,
Pois é tão doce a maneira como actuas,
É tão brilhante,
Cintilante,
Parece que estou rodeado de mil luas...
Deixa-te estar,
Acende um incenso, 
Vamos beber um trago de aguardente,
Desfrutar deste ambiente,
Envolver os nossos corpos,
Como os barcos que atracam nos portos,
Beijar-nos loucamente,
Em tons ardentes...
Por fim acordo com o rosto cheio de lágrimas,
Pela incógnita da tua presença,
Não sei quando voltas,
Não sei quando retomas esta nossa dança...
Tenho uma grande esperança,
Porque quem gosta sempre alcança...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Fingir







Hoje apeteceu-me fingir,
Fingir que estavas ao meu lado,
De rosto encostado...

Sem ficar obcecado,
Senti a magia,
Que pairava no ar com cortesia...

Pássaros cantavam,
Uma música de embalar,
A nossa música, aquela que nos fez tantas vezes chorar...

Pouco tempo passou,
E o fingimento acabou,
Apenas relembrei o que o tempo levou...

E a fingir passei um bom bocado,
Espero não ficar ressecado,
Pois não quero voltar a fingir que estas ao meu lado...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O nosso lugar




Por do Sol em Leça da Palmeira
Foto by Nuno Quintela



Estou naquele rochedo,
Onde conversamos sem medo,
Com um frio avassalador,
Onde vimos o sol se por...

Hoje ele esta gigante,
Com um ar triunfante,
Sorri para mim,
Fazia algum tempo que não o via assim...

Abraço-o,
Trago-o comigo,
Para te mostrar como é divino,
Espero não me perder pelo caminho...

Quero desfrutar contigo,
Até não haver amanhã,
E num suspiro,
Ficamos com a mente sã...

sábado, 17 de dezembro de 2011

O meu porto seguro






Com uma fotografia tua,
Encho a minha alma nua,
Com grandes doses de esperança,
De sorrisos...

Limpo lágrimas,
Expulso tristezas,
Afogo magoas,
Construo fortalezas...

Limpas-me todas as avarezas,
Todas as impurezas,
Pões-me com mais certezas,
Neste mundo cheio de presas...

Deixo lamparinas acesas,
Pois a noite esta a cair,
Quero adormecer com o teu doce rosto,
Com o teu belo sorrir...

Vais ficar do a meu lado,
Para me sentir abraçado,
Para me sentir puro,
Neste porto seguro...

O teu abraço







É com este sol,
Com a brisa do teu abraço
no meu regaço,
Que me sinto livre como um pássaro...


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Um Anjo





Ultimamente tenho falado com um anjo,
Que faz com que o desejo,
A vontade,
A força de ser feliz se eleve neste pequeno petiz...

Cada palavra por ti escrita,
Pensada,
Eleva-me nesta longa caminhada,
Parece que tudo se torna mais fácil nesta jornada...

Por vezes nem precisas falar,
Escrever,
Um gesto basta ver,
Para o meu sorriso começar crescer...

Gostava de te poder tocar,
Sentir a tua pele,
Deve ser seda pelo brilhar...

Oh, não vás deixa-te estar,
Mesmo ao longe consegues exaltar mil sentimentos,
Aqueles que ficaram perdidos por momentos...

Hoje amo-te - Video poema


quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A cor da esperança




A cor da esperança,
É da cor que tu a pintas,
Da cor que tu a fintas,
Da cor de uma dança...

É da cor do teu beijo,
Do teu desejo,
Da tua coragem,
De saltares para a outra margem...

Tu é que a constróis,
Independentemente de quantos sois,
De quantos girassóis ambicionas ter,
A colorir o teu ser...

Nunca a percas,
Mesmo sem saber a cor,
Leva-a contigo,
Seja onde e como for...

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Memória






Tenho uma memória tua,
Vagueia na minha mente nua,
Há muito tempo que se acentua...

Não sei qual a razão,
Afinal foste tu quem rasgou o meu coração,
Quem o deixou em capicua...

Tantas vezes tentei expulsar,
Apagar,
E esta memória enterrar...

Mas é inglório todo o esforço,
Pois quando me vou deitar,
A minha mente faz logo o esboço
Daquilo que eu não me quero recordar...

Se calhar esta memória quer-se manter tão nova como as outras,
Quer ser perpetuada,
Abençoada...

Amei-te




Amei-te com todas as letras,
Entreguei-me sem medo,
No que parecia ser um belo enredo...

Mostrei-te o meu coração,
O teu porto de abrigo,
A tua consolação...

Olhei-te nos olhos,
Fui directo,
Concreto...

Rumei no infinito,
No que pensei que estava escrito,
E no final tudo não passava de um sarrabisco...


segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Abraço






Viste por aí o teu abraço?
Precisava dele no meu regaço,
Bem apertado,
Para me sentir acordado...

A procura já me satura,
A ausência tem sido dura,
Nunca pensei sentir tanta falta,
Nunca pensei que a cota do teu abraço fosse tão alta...

Estou exausto,
Estou faminto,
Já nem o coração sinto,
Parece que vou a caminho do holocausto...

Quero-te aqui do meu lado,
Nem que seja por um ínfimo bocado,
Assim saciavas este desejo, esta vontade,
E por momentos tiravas-me desta horrível austeridade....

1997





Sinto-me desfalcado,
Mas não é de agora,
É de "97,
Tinha eu os meus 17...

Partiste cedo,
Deixaste-me com medo,
Não é fácil enfrentar assim a vida,
Com o mar sempre a bater contra o rochedo...

Sinto falta das tuas chamadas de atenção,
Dos conselhos que me elucidavam da razão,
Da tua rigidez,
Aquela que me fez perder toda a timidez...

Eras a luz,
Mas penso que continuas a ser,
Porque na hora de escolher,
Algo me empurra, algo me seduz...

Gostava de saber,
Se estas orgulhoso,
Deste meu ser,
Se achas que os teus ensinamentos foram vitoriosos...

Um dia ei-de perceber,
Quando partir,
Sei que vais estar lá para me receber,
E a mim só me restará sorrir...

(Desculpa mas não me consigo conter,
Choro todos os dias por não te ter,
Por não acreditar que pudesses desaparecer,
Desculpa mas as vezes só me apetece morrer...)

domingo, 11 de dezembro de 2011

Alma nua






A chuva parou, 
Mas o frio continua, 
O teu sorriso acabou, 
A minha alma parece nua… 

Vagueia rua fora, 
Perdida, 
Á nora, 
Desconhecida… 

Sem entidade, 
Continua, 
Sem acreditar na verdade, 
Que esse sorriso passou a ser uma raridade… 

Sem destino, 
Á procura de ti… 
Clandestino, 
Sem alma, 
Não sei porque te perdi…

Não desisto








Por gostar de ti, 
Por não querer desistir de ti, 
Por acreditar em ti, 
Por pensar muito em ti… 


Pelo que vi, 
Por sentir que nunca desisti, 
Pelos momentos em que sorri, 
Tenho sede de ti… 

Como se estivesse num deserto, 
Sem nenhum oásis por perto… 
Não passes a ser uma miragem, 
Nem sequer uma breve passagem… 


Podes ser uma paisagem, 
Para eu poder observar, 
Tocar, apreciar, inspirar… 
Achas que estou a exagerar? 

Estarei a pedir algo que não me possas dar?

Lágrima






Uma lágrima quer sair,
Quer partir, 
Fugir, 
Escorregar no meu rosto, 
Na minha pele seca, 
Áspera, 
Como estes dias sem fim... 
Olha para mim, 
Achas que a vou deixar sair? 
Vou esperar pela chuva, 
Eu sei que há-de vir... 
Hidratar-me-á o coração, 
Lembranças boas, 
Que me enchem a mão... 
Só tu chuva, 
Me dás força, 
Para seguir este caminho, 
Sem nenhum tropeção...

Acordar




Afogado em sonhos,
Medonhos,
Que me causam insónia,
Amónia...

Uma panóplia,
De Odor insuportável,
Um fedor,
Carregado de terror...

Lastimável,
Parece que nunca mais acaba,
Intolerável,
Este cheiro que em mim desaba...

Não sei como fazer,
Para desaparecer...
Perturba-me este mau estar,
Quero acordar...

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Desde 2004







Constato, 
Que me mudaste o olfacto,
Mas não foi agora, 
Foi desde 2004... 
A maneira de ver, 
Perceber, 
Entender... 
A audição, 
A tua doce voz, 
Que me toca no coração... 
O paladar, 
O sabor a mel, 
No beijar... 
No tacto, 
É um facto, 
Tens pele de seda, 
Tão macia... 
Despertar os 5 sentidos, 
Sempre para ti dirigidos... 
Com magia, 
E acima de tudo muita alegria...

O que virá?







Na minha cave escrevo… 
Uma vela, 
Ilumina, 
Mil ideias, 
Mil pensamentos… 
Cada palavra, 
Parece que inclina, 
Para algo de bom, 
Algo que me irá fazer sentir bem, 
Não sei o que virá, 
Não sei se chegará… 
Tenho a minha sombra desenhada, 
Numa parede esburacada, 
A minha companhia, 
Nos tempos mortos, 
Tortos… 
Pela falta da simpatia, 
Não dos que passam, 
Mas dos que parecem que passam… 
Nestes momentos, 
Os pensamentos, 
Parece que se adelgaçam,
Traçam, 
Amordaçam,
Descalçam, 
Desfazem todo o meu espaço…

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O teu nome





Escrevo o teu nome,
Vezes sem conta,
No vidro de uma montra,
Para nunca me esquecer...

Uma energia que me consome,
Tenho de ti muita fome,
Nem imaginas o quanto é enorme,
A minha mão quase dorme de tanto escrever...

Pode parecer estranho,
Mas existe muita dor,
Neste sentimento equivalente ao amor,
Mas não me acanho...

Quero-te rever,
Quero-te reaver,
E nos teus braços,
Um beijo beber...

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Palavras com sentido







Vou dizer-te palavras com sentido,
Entrar-te-ão pelo ouvido,
Sem ruído,
Com destino ao teu coração...

Irá exercitar a tua mão,
Até ao teu peito,
Vais sentir o efeito,
De palavras com paixão...

Depois irás trincar o lábio.
Irás sentir um arrepio na espinha,
No rosto vais ficar com uma covinha,
Que alegria a minha...

Que estas palavras,
Te encham de contentamento,
Que sintas o chamamento,
De energias cada vez mais raras...

Voar







Enquanto espero por ti,
Ao som de Kaney West,
Penso no vivi,
No que sofri,
Só eu sei o quanto me afligi,
Por pouco não morri...
Mas como sei que não viras,
O mais certo é voltar as costas,
Deixar estas ilusões para trás,
Apesar de fugaz,
Vão aparecendo de vez em quando,
O melhor é pensar até esquecer,
Para não ver esmorecer
Tudo á minha volta,
E assim ficar com a mente solta,
Para poder voar,
Quando toda a gente anda de pés no chão..

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Olhar, um vasto mar



Fui beliscado pelo teu olhar,
Aquando da minha visita habitual pelo mar,
Vi-o contracenar com o sol,
Tão profundo era o brilhar...

Enriquecido pelo sal,
Humedecido pela agua,
Um longo esverdeado quase tocava o areal,
Perguntava-me quem eras tu afinal...

Se eras real,
Se não eras um sonho,
Se me farias bem ou mal,
Mas num ápice tudo deixou de ser bisonho...

Foi naquele momento que perdi toda a minha magoa,
Percebi que cada sarda do teu rosto,
Era um sorriso muito bem disposto,
Toda a dor desapareceu...

Promete-me que não vais embora,
Pois não quero que volte a tristeza de outrora,
Quero sentir toda a felicidade,
Sem que nada desabe...

(Obrigado pela inspiração, 
Por, de alguma forma me estares a dar a mão,
Nada é fortuito,
E o que estas a fazer já é muito...)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Neste ou noutro mundo




A semear palavras eu continuo,
Para que possas ver nascer algo que pareceu prematuro,
Nunca foi,
Nem nunca será...

O tempo não permitiu,
Parece que fugiu,
Quando te quis dizer,
Quando te quis fazer ver...

Fiquei abatido,
Com uma bala no peito sigo ferido,
Alojou-se para não ficar esquecido,
Aquilo que sinto ter perdido...

Mas ainda vou a tempo,
De te provar,
Tudo o que podemos partilhar,
Do mais doce toque até ao mais doce beijar...

Resta-me esperar,
Sinto que um dia me irás abraçar,
Seja neste ou noutro mundo,
Tudo o que sinto por ti é profundo...

O principio do fim

Tudo começou assim,
Uma perda de ti em mim,
Não uma perda mim em ti,
Porque eu de ti já tinha desaparecido,
Já tinha sido expulso,
Só eu é que não queria ver isso...
Um roliço de pensamentos,
Trouxeram-me a estes momentos,
Á conjugação de sentimentos,
A exprimir elementos,
Sedentos para se estamparem no papel...
E assim sigo a caminhada,
Não sei se errada,
Não sei se certa,
Mas enquanto houver estrada,
Vou escrever em busca da descoberta,
Será que quando chegar ao destino vais ter a porta aberta?
Ou irei caminhar no infinito?

Sem ti



Deitei-me,

Encostei ao meu rosto um molho de flores de jasmim,

Senti o odor que outrora transmitias e me deixavas assim...


Inalei-o suavemente,

Sem pressas senti-o intensamente,

Penetrou em mim e deixou-me diferente...


Em estado de êxtase adormeci,

Sonhei com o primeiro dia em que o senti,

E com a maneira fugaz com que o perdi...


De repente acordei,

O molho de flores afastei,

Tentei levantar-me mas não consegui,

Algo me prendia ali...


Um sítio muito especial,

Onde só lá tem o teu odor,

Onde só lá perco toda a minha dor,

Onde só lá carrego baterias para uma vida sem a tua presença em meu redor...

Oh amor


Ó amor,
Ó amor,
Consegues sentir esta dor?
Este ardor,
Provocado pela ausência,
Pelo silêncio...

Ó amor,
Ó amor,
Já ditaste a sentença?
Não mereço ter esperança?
Nesta dança macabra,
Não há nada que reabra....

Ó amor,
Ó amor,
Eu pago fiança,
Nem que seja para ter um lembrança,
Que a dedicação não é em vão...

Ó amor,
Ó amor,
Já não sei o que fazer,
Tenho medo de me perder,
Por favor acha-me antes do anoitecer..