Porque quem ama tem medo de perder...

Este blog é para quem gosta de amar, de lutar pelo que gosta...







terça-feira, 30 de outubro de 2012

Nunca


Nunca me esquecerei
Do teu amor,
Do teu louvor,
Da tua dor. 

Nunca me esquecerei
Do teu toque,
Do choque
Que foi ouvir a tua voz. 

Nunca me esquecerei
Do mar de sorrisos
lisos,
Sempre cravados no meu olhar. 

Nunca me esquecerei.
Partirei
Eu, a dor
e o nosso Amor.

sábado, 27 de outubro de 2012

Inocência


Neste inconstante sabor
que tem o amor 
Parto em busca de um rumor; 
Ouvi por ai pessoas a falar 
que ainda há gente que sabe amar.
Que conseguem gesticular
sem magoar... 
Que conseguem beijar
sem disfarçar.
Que num olhar 
conseguem dissipar
todas as dúvidas que possam restar.
Sim, devo estar a delirar.
Mais vale acordar.
O tempo cura
o que teima em não passar.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Vozes que irão Bradar


Vamos desistir.
Vamos comprimir
os desejos ainda mais.
Vamos alegrar os demais. 

Vamos chorar
enquanto eles ganham mais força.
Vamos a cabeça baixar
com as cordas prontas a apertar. 

Triste fim este que nos espera.
Estamos na forca,
Onde punhos cerrados
fazem troça. 

Só falta o chão desabar
para que tudo se possa findar.
Vozes irão bradar
para um céu que diz nos reclamar.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Triste Petiz


Ainda pareço uma criança
Cheia de esperança 
Onde nada me espanca,
E nem o coração não dói.

Em mim nada remói.
Não cismo,
Não desanimo, 
Não ando sem motivação.

Tenho a alegria de viver
Mesmo sem trabalho
Digo que não sou uma carta
Fora do baralho.

(não sou o caralho!)

Digo que o dinheiro não presta.
Que para ser feliz
Só preciso do que de mim resta.
Triste petiz.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Peso



Sinto a vontade.
Sinto o peso da idade.
Os dedos já não manejam
com a mesma agilidade.

Os bichos já farejam,
Sentem que existe
uma oportunidade. 

Em boa verdade
não me preocupo.
Este lugar que desocupo
Será muito mais bem aproveitado.

Irei deitado,
Sem uma lágrima ter deitado.
Não quero ser lembrado,
Nem tão pouco ser saudado.

sábado, 20 de outubro de 2012

Rua Onde Não Escondo a Minha Tristeza

Fotografia by Nuno Quintela
Vagueio por esta rua
onde não escondo a minha tristeza.
Onde a lágrima cai sem delicadeza. 

Pensamentos escritos em paredes,
Gatafunhos que nunca se excedem.
Sentimentos que nunca se perdem. 

De mãos calejadas,
Iradas,
Cheias de nadas. 

Caminho sem vergonha
Mesmo sem a cara risonha,
Mesmo que nada se disponha. 

Aqui ninguém faz troça
de mim.
Aqui ninguém me olha assim,
Com aquele olhar de criar mossa.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Deixai-me Sonhar


Não sei por onde começar
para abraçar
o que de mais belo
existe no teu olhar. 

Num singelo
respirar,
O meu coração
começa a disparar. 

Tantas são as cores em uníssono,
Tão cintilante é o brilhar.
Tão puro é o teu ar.
Espero não vacilar. 

Num milésimo de segundo,
O teu olhar mostra-me o mundo.
Não consigo parar.
Se estou num sonho, deixai-me sonhar.

Nas Curvas do Incerto


Assim me perco
nas curvas do incerto.
Neste deserto
carregado de magreza. 

Tanta tristeza
num oásis seco
sem a alegria
de uma lágrima que caía. 

Já nem a emoção
existe na palma da minha mão.
Vou deixar-me ir nesta areia movediça.
Não quero saber se ficar sem respiração. 

Será perfeito este caixão.
Ninguém dará falta de mim,
Pois não?
Acreditem, não fui eu que escolhi este fim.