Porque quem ama tem medo de perder...

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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Negro


O negro era a cor.
Uma traje que encobria 
a dor. 

Nem uma lágrima deitava.
Cabisbaixa, não argumentava.
Queria os braços de quem por breves 
instantes se enterrava. 

Braços leves,
Num conforto
Sem igual. 

Após aquele dia
Tudo iria
dar para o torto. 

Sentia-se numa combustão
Que só lhe apetecia
Parar o coração. 

Não queria respirar
Sem ter o dócil corpo
Para abraçar. 

Não queria
nunca mais recordar aquele dia.
Sem significado, o que acabara de acontecer. 

Aqueles que mais amamos
Um dia acabam por desaparecer.
Tal como ela, nós nunca estamos preparados.

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