O negro era a cor.
Uma traje que encobria 
a dor. 
Nem uma lágrima deitava.
Cabisbaixa, não argumentava.
Queria os braços de quem por breves 
instantes se enterrava. 
Braços leves,
Num conforto
Sem igual. 
Após aquele dia
Tudo iria
dar para o torto. 
Sentia-se numa combustão
Que só lhe apetecia
Parar o coração. 
Não queria respirar
Sem ter o dócil corpo
Para abraçar. 
Não queria
nunca mais recordar aquele dia.
Sem significado, o que acabara de acontecer. 
Aqueles que mais amamos
Um dia acabam por desaparecer.
Tal como ela, nós nunca estamos preparados.
 
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