Foto de Nuno Quintela |
Descrevo-te nestes lençóis fartos
enlutados pelo suor neles enterrados.
Nos gemidos vociferados
que noutros tempos eram envergonhados.
Descrevo as minhas mãos no teu ventre,
O toque na tua pele macia,
Seda ardente
que quase me deixava em asfixia.
Descrevo os meus lábios no teu pescoço,
As tuas pernas enroladas no meu dorso,
Incontroláveis gestos
de sentimentos firmes, erectos.
Descrevo-te assim.
O teu eu em mim.
O meu eu em ti.
Meu amor não demores, anda daí.
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